sexta-feira, 31 de julho de 2015

Usar o C-14 pode ficar difícil por causa da poluição

Quão confiável é o método?
As emissões de carbono não estão apenas alterando o clima - elas também podem prejudicar uma técnica bastante usada por cientistas. Estipular a idade de amostras por radiocarbono pode se tornar mais incerto: em algumas décadas, ela não conseguiria distinguir entre objetos modernos e artefatos que estavam na Terra há um milênio. A datação por radiocarbono é bastante conhecida por seu uso em paleontologia e arqueologia, usada em objetos com até 60.000 anos de idade, mas seu uso talvez precise ser revisado. De acordo com uma pesquisa publicada na Proceedings of the National Academies of Sciences, até 2050, humanos e animais podem ter a mesma idade de C-14 (ou radiocarbono) que seus antecessores de mil anos atrás.

Na atmosfera, raios cósmicos convertem nitrogênio-14 em carbono-14 em uma quantidade razoável. Plantas colhem parte desse C-14 durante a fotossíntese e, dessa forma, o elemento entra na cadeia alimentar. Mas o C-14 é um isótopo radioativo, ou seja, ele se decompõe naturalmente com o tempo, deixando para trás átomos de carbono estáveis. Comparar o número de átomos de carbono radioativo ajuda cientistas a determinar a idade de uma amostra.

Mas existe um problema: o combustível fóssil que humanos estão desenterrando e soltando na atmosfera é tão velho que ele tem pouco C-14 em sua composição. E a cada ano, esse carbono “C-14 morto” deixa a atmosfera cada vez mais “velha” - o que acaba fazendo tecidos orgânicos novos parecem mais velhos também.

Para descobrir se esse problema poderá agravar ainda mais a datação de radiocarbono, a física Heather Graven, da Imperial College de Londres, modelou quanto o C-14 atmosférico mudará no decorrer do século 21, examinando diversos cenários de emissão de combustível fóssil diferentes.

Caso a humanidade reduza agressivamente as emissões de carbono até 2020, Graven acredita que o C-14 atmosférico cairá até a concentrações pré-industriais e se manterá assim até o final do século (as concentrações de C-14 na atmosfera são atualmente maiores que as da época pré-industrial, devido a testes nucleares da Guerra Fria).

Mas caso as emissões de gás carbônico continuem a aumentar até a metade ou o final do século, o C-14 da atmosfera irá registrar níveis menores que o da era pré-industrial, o que significa que as formas vivas da Terra começarão a parecer muito mais velhas. Até o fim do século, tudo – das nossas colheitas aos nossos corpos – podem parecer mais velhos de acordo com análises de radiocarbono. Graven escreve:

“Dadas as tendências de emissões atuais, o “envelhecimento” artificial da atmosfera, causado pela emissão de combustível fóssil, deve ocorrer muito mais rápido e com uma magnitude maior do que esperávamos. Essa descoberta tem implicações fortes e ainda não conhecidas em muitas aplicações do radiocarbono em diversos campos, e implica que a datação de radiocarbono talvez não mais forneça a idade definitiva de amostras de até 2.000 anos de idade.

Isso deve criar alguns problemas para os arqueólogos: por exemplo, será mais difícil datar itens recentes descobertos de forma isolada, que não deem outras pistas de sua idade além do método carbono-14. E cientistas que usam essa técnica em níveis mais precisos, como para estudar o envelhecimento de células humanas, também podem ser afetados.

Isso também pode tornar mais difícil de rastrear a caça ilegal: descobrir se uma caixa cheia de presas foi arrancada de um elefante em algum momento dentro dos últimos 2.000 anos não é muito útil. Em um mundo com mais carbono na atmosfera, talvez seja melhor depender de outros métodos de datação.

Fonte: Gizmodo

Nota do blog Criacionismo: Se levarmos em conta a Revolução Industrial e o consequente aumento de carbono na atmosfera, todas as amostras datadas parecerão mais velhas do que são. E existem outros fatores que alteram esse e outros relógios radioativos. Quanto mais contaminada com carbono, mais antiga parecerá a amostra. Ou, então, se a taxa de decaimento do C-14 tiver sido acelerada ou se o C-14 tiver se esvaído por algum motivo da amostra, novamente ela terá aparência de antiga. [MB]

Lua azul poderá ser observada nesta sexta-feira


Da Agência Lusa

Na sexta-feira (31), último dia de julho, haverá uma Lua azul, assim chamada a segunda lua cheia no mesmo mês – fenômeno que ocorre de três em três anos, e só voltará a acontecer em janeiro de 2018.

Segundo o Observatório Naval dos Estados Unidos, cada ciclo lunar dura aproximadamente 28 dias e quando ocorre uma lua cheia no início do mês é provável que haja uma segunda no final. A primeira lua cheia foi no dia 2 deste mês.

Apesar de ser denominado Lua azul, vai aparecer como de costume, nas cores cinza, branca e prateada.

Segundo peritos, a lua ficou azul em poucas ocasiões, devido à poeira, cinza e fumo na atmosfera, provocadas por grandes erupções vulcânicas ou incêndios florestais.

A última Lua azul ocorreu no dia 31 de agosto de 2012.

terça-feira, 28 de julho de 2015

'Nasa encontra planeta similar à Terra em potencial zona habitável'

Será mesmo que é semelhante à Terra?
Cientistas da Nasa divulgaram nesta quinta-feira (23) que descobriram um exoplaneta com características muito similares à Terra e que orbita uma estrela semelhante ao Sol.

O planeta Kepler-452b foi chamado pelos cientistas de "primo distante" da Terra. Ele é 60% maior e tem boa chance de ser rochoso, embora sua massa e composição ainda não tenham sido determinados.

Ele demora 385 dias para dar uma volta completa ao redor de sua estrela, chamada de Kepler-452, astro do sistema que está a 1.400 anos-luz de distância da Terra.

Essa estrela é um pouco mais velha que o Sol (tem "só" 1,5 bilhão de anos a mais), tem a mesma temperatura, é 20% mais brilhante e possui um diâmetro 10% maior.

Os achados desta quinta foram publicados no periódico "The Astronomical Journal". Com a descoberta, aumentou para 521 o total de exoplanetas descobertos pelo satélite Kepler.

'Condições necessárias para a vida' [Será?]

Em comunicado divulgado pela Nasa, Jon Jenkins, chefe do projeto do satélite Kepler, disse que a descoberta fornece uma oportunidade de entender e refletir sobre o ambiente em evolução da Terra.

"É inspirador considerar que esse planeta já vive há 6 bilhões de anos na área habitável dessa estrela, mais do que a Terra. Isso é uma oportunidade substancial para a vida surgir, devem existir todos os ingredientes e as condições necessárias para a vida existir neste planeta", afirmou o pesquisador. [Quanta fé, hein?]

Além desse achado, foram descritos ainda outros 11 candidatos à planeta que também estão em zona habitável.

A busca de planetas similares à Terra é uma das maiores aventuras na pesquisa espacial, e embora já tenham sido detectadas centenas de planetas do tamanho do nosso e outros menores, eles circulam em órbitas próximas demais de suas estrelas para que haja água líquida em sua superfície.

Comparação feita pela Nasa mostra o Sol e a Terra (à esquerda) e a estrela Kepler-452 com o planeta Kepler-452b (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)
Comparação entre o Sistema Kepler-452 e o Sistema Solar feita pela agência espacial americana, a Nasa (Foto: NASA/JPL-CalTech/R. Hurt)
Fonte: G1

Nota: Como professor de Geografia, cada vez mais estou convencido de que a vida só é possível pelo conjunto complexo de condições que exitem neste Planeta. Nada foi provado até então que haja vida em outro planeta. O máximo que pode-se fazer é especular, e é exatamente o que a Nasa, por meio de Jon Jenkins, faz no artigo acima. Vamos comparar A Terra com o Kepler 452b e analisarmos se é possível ter vida naquele planeta Apenas 16 de inúmeras condições:

1. A Terra tem um campo magnético adequado para nos proteger dos ventos solares. este planeta tem? Não se sabe.

2. A Terra tem a atmosfera finamente ajustada para nos proteger dos raios nocivos à vida (que é sensível), para nos dar o oxigênio, a temperatura adequada etc. Este planeta tem? Não se sabe.

3. A Terra tem a água em seus três estados físicos fundamentais para que a vida tal como conhecemos possa se desenvolver. Este planeta tem? Não se sabe.

4. A Terra tem um outro "escudo" além do campo magnético a uma distância maior. Este planeta tem? Não se sabe.

5. A Terra tem a vida comprovada. Este planeta tem? Improvável devido a não se saber as condições acima e outras abaixo.

6. A Terra tem seu eixo inclinado 23º27' que, ao fazer a translação, gera as estações do ano, importantes para a vida na Terra para se renovar. Aquele planeta tem? Não e sabe.

7. A Terra tem a força gravitacional finamente ajustada para abrigar a vida. Não é muito forte como Júpiter e nem muito fraco como Mercúrio. Aquele planeta é assim? Ele é 60% maior que a Terra, portanto. Não!

8. A Terra tem a Lua que permite a formação de marés tamão importantes para a reprodução da vida marinha principalmente. Aquele planeta tem? Não se sabe.

9. A Lua está a uma distância ideal (nem muito perto e nem mito longe da Terra) para não gerar tsunamis quando muito perto e nem ficar sem formar marés quando muito longe. Aquele planeta tem um satélite assim? Não se sabe.

10. A Terra tem o equilíbrio certo entre a energia solar que entra e a que sai. Aquele planeta tem isso? Não se sabe.

11. A Terra tem seus "leões de chácara" (Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno e Plutão) que ajudam a nos proteger de meteoros, principalmente os planetas gigantes por atraírem meteoros pelo seu campo gravitacional. Aquele planeta tem esses escudos? Não se sabe.

12. A Terra tem os elementos químicos essenciais para a manutenção da vida. Aquele planeta tem isso? Não se sabe.

13. A Terra tem a concentração certa de carbono na atmosfera. Aquele planeta tem? Não se sabe. Planetas do nosso Sistema Solar não tem as proporções ideias para ter vida.

14. A Terra tem uma infinidade de outras condições finamente ajustadas para abrigar a vida, tal como um bercinho de criança serve pra abrigar um bebê confortavelmente. Mas todos os planetas ditos "primos" da Terra não tem todos eles. Se faltar uma só dessas condições, impossível haver vida. entendeu?

15. A Terra tem sua velocidade de rotação finamente ajustada para que a vida não torre queimada pelo Sol se fosse mais de vagar e nem morra congelada se fosse mais rápido.

16. A Terra está numa posição ideal na nossa galáxia para abrigar a vida, frágil como ela é, estando na "ponta" para o meio da galáxia. Isso é importante senão nós morreríamos se fosse muito perto do centro da galáxia e se fosse muito longe do centro, devido à radiação muito forte ou frio muito intenso.

Dessa forma, as evidências indissociáveis que a Terra tem pra abrigar a vida faz com que isso seja uma forte evidência para que a Terra e todo o Universo seja obra de um Deus Criador, o qual se revelou a nós na Bíblia e na própria natureza.

"Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis;" (Romanos 1:20) [Prof. André Luiz Marques]

quarta-feira, 22 de julho de 2015

E se o aquecimento global não for causado pelo CO2?

“Os clorofluorocarbonos (CFCs) são os grandes culpados pelo aquecimento global desde os anos 1970, e não o dióxido de carbono (CO2). E como a concentração de CFCs na atmosfera terrestre caiu desde o Protocolo de Montreal, o aquecimento global é coisa do passado, ainda que o CO2 continue a aumentar.” Estas alegações surpreendentes estão sendo feitas por uma equipe da Universidade de Waterloo, no Canadá. “O pensamento convencional diz que a emissão de gases não-CFC produzidos pelo homem, como o dióxido de carbono, tem sido a maior indutora do aquecimento global. Mas analisamos dados desde a Revolução Industrial que mostram de forma convincente que o entendimento convencional está errado”, afirmou Qing-bin Lu em uma nota anterior emitida pela universidade de Waterloo. “De fato, os dados mostram que os CFCs atuando em conjunto com os raios cósmicos causaram tanto o buraco de ozônio polar como o aquecimento global.”

O professor Qing-Bin Lu, coordenador do trabalho, conseguiu agora lançar um livro com a descrição de sua teoria e com todos os dados que a fundamentam. Qing-Bin Lu e seus colegas propõem, com base em dados reais, que os elétrons decorrentes dos raios cósmicos desempenham um papel fundamental no disparo de reações que destroem a camada de ozônio. Eles chamam o processo de “Mecanismo das Reações Induzidas por Elétrons Derivados dos Raios Cósmicos”, simplificado na sigla CRE, para a expressão em inglês cosmic ray electrons.

A equipe desenvolveu então, com base nessas reações, um modelo de previsão muito mais simples do que os modelos usados pelos cientistas do IPCC, por exemplo - e o modelo simplificado apresentou uma capacidade preditiva impressionante.

A teoria CRE estabelece que existem variações cíclicas de 11 anos - o mesmo período dos ciclos solares - na perda de ozônio polar e no resfriamento estratosférico associado com essa perda, ambos confirmados por dados recolhidos sobre a Antártida nas últimas décadas. Surpreendentemente, também foi observada uma correlação linear quase perfeita, com um coeficiente de até 0,98, entre os CFCs e a temperatura média da superfície da Terra.

Apesar de usar zero ou poucos parâmetros, o modelo desenvolvido pela equipe tem mostrado excelentes concordâncias com os dados observacionais da camada de ozônio e da temperatura da superfície, com uma precisão próxima aos 90%. Por exemplo, com respeito ao aumento da temperatura média global do período 1950-1975, o aumento previsto pelo modelo para o ano de 2014 era de 0,620 ºC, e o acréscimo real observado foi de 0,623º C.

“Meus cálculos do efeito estufa induzido pelos CFCs mostram que houve um aquecimento global de cerca de 0,6 ºC de 1950 a 2002, mas a Terra tem de fato esfriado desde 2002. A tendência de resfriamento deverá continuar nos próximos 50 a 70 anos conforme a quantidade de CFCs na atmosfera continua a cair”, disse Lu.

Os dados se mantêm mesmo com a tendência de aumento da quantidade de CO2 na atmosfera. Por outro lado, recentemente foram identificados novos gases que ameaçam a camada de ozônio.

A queda na temperatura média global da Terra - o chamado hiato do aquecimento global - tem sido uma pedra no sapato do IPCC e tem dificultado o trabalho de convencimento que os climatologistas tentam fazer com os políticos em busca de ações para tentar reverter as mudanças climáticas.

Recentemente, um trabalho publicado na revista Science por pesquisadores da Universidade de Washington defendeu que o aquecimento global só voltará em 15 ou 20 anos - se os cálculos de Lu estiverem corretos, talvez ele nem mesmo volte.

Fonte: Inovação Tecnológica

Nota do blog Criacionismo: Em 2011 eu já havia postado sobre a influência dos raios cósmicos no aquecimento global (confira aqui). Infelizmente (à semelhança do que ocorre na controvérsia entre o criacionismo e o evolucionismo), os cientistas do consenso se recusam a levar a sério dados discrepantes ou mesmo outros modelos. Os interesses relacionados com a bandeira ecológica são tantos e tão fortes, que pesquisas como essa da Universidade de Waterloo (não se trata de negacionistas malucos) são deliberadamente ignoradas. E o motivo é claro: se o aquecimento global não estiver sendo causado pelo ser humano, não haverá nada que possamos fazer para detê-lo e esse argumento típico de “instinto de manada” não mais poderá ser usada para mudar a vida das pessoas. Alguém pode avisar o papa, por favor? [MB]

Cientistas descobrem que núcleo do planeta tem um outro núcleo mais profundo


RIO - Escrito no século XIX pelo novelista francês Jules Verne, o clássico da ficção científica “Viagem ao centro da Terra” conta a história de um cientista que descobre uma passagem por um vulcão na Islândia, um “portal” para o interior do planeta, onde encontra um mundo habitado por seres pré-históricos do qual só escapa por outro vulcão na Itália. Na vida real, no entanto, sabe-se que, sob a relativamente fina crosta, a estrutura da Terra pode ser dividida em camadas concêntricas como uma cebola, basicamente com o chamado manto, um oceano de magma (rocha derretida), circundando um núcleo externo de ferro líquido, que por sua vez abriga um núcleo interno de ferro maciço (e um pouco de níquel).

Pelo menos era assim que pensavam os cientistas. Com uma nova abordagem na análise das reverberações em nosso planeta produzidas por grandes terremotos, um grupo de pesquisadores dos EUA e da China descobriu que esse núcleo interno de ferro sólido é dividido em duas regiões com características distintas. Um achado que pode revelar mais detalhes sobre o processo de formação da Terra na infância do Sistema Solar, há cerca de 4,6 bilhões de anos, e talvez até ajudar na busca de planetas rochosos parecidos com o nosso na órbita de outras estrelas.

— Embora o núcleo interno seja pequeno, menor do que a Lua, ele tem características realmente interessantes — conta Xiaodong Song, professor de geologia da Universidade de Illinois, nos EUA, e líder do estudo, publicado na última edição da revista “Nature Geoscience”. — Isso tudo pode nos dizer mais sobre como nosso planeta se formou, sua história e outros processos dinâmicos da Terra, guiando nossa compreensão sobre o que está acontecendo em suas profundezas.

‘Ecos’ de terremotos
As ondas sísmicas geradas pelos terremotos percorrem o interior da Terra, sendo refletidas, desviadas ou freadas de acordo com a composição e propriedades físicas do que encontram pela frente. Com isso, há décadas os cientistas usam esta técnica para estudar a estrutura interna de nosso planeta, semelhando um médico que enxerga o interior do corpo dos pacientes num ultrassom. Mas, em vez de se focarem no choque inicial produzido pelos terremotos, os pesquisadores liderados por Song usaram uma nova tecnologia para coletar e refinar dados sobre as ondas que continuaram a “ecoar” depois dos tremores, assim como um sino continua a ressoar após o toque alto que se segue ao golpe de um martelo.

— Acabou que os sinais coerentes melhorados por esta tecnologia se mostraram mais claros do que os gerados pelo toque inicial — destaca Song. — A ideia básica deste método circula há algum tempo, e outras pessoas o usaram em outros estudos próximos da superfície, mas decidimos observar todo o caminho até o centro da Terra.

Segundo Song, esta abordagem revelou uma surpresa sobre o interior de nosso planeta, embora bem diferente da descrita por Verne: o núcleo interno, outrora visto como uma esfera maciça e razoavelmente uniforme de ferro, na verdade tem uma estrutura mais complexa. Enquanto na camada externa do núcleo os cristais metálicos estão alinhados na direção Norte-Sul, na parte mais interna eles apontam no sentido Leste-Oeste. Além disso, estes cristais internos do núcleo parecem ter um comportamento diferente do dos externos, numa indicação que eles também podem ter uma estrutura e composição diferentes.


— O fato de termos duas regiões (no núcleo interno) tão distintas pode nos dizer algo sobre como ele tem evoluído — acredita Song. — Por exemplo, ao longo da história da Terra, o núcleo interno pode ter passado por uma mudança dramática no seu regime de formação, o que pode guardar a chave de como nosso planeta se formou. Alcançamos, literalmente, o centro da Terra.

Para Simon Redfern, professor de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, se a descoberta da existência de um “núcleo do núcleo” do planeta for de fato confirmada, isso pode ter profundas implicações nas teorias sobre sua formação e mesmo da evolução da vida nele. Segundo Redfern, as teorias atuais sugerem que o núcleo interno da Terra só começou a se solidificar entre 500 milhões e 1 bilhão de anos atrás, se expandindo a uma taxa de meio milimetro por ano. Este processo teria sido o responsável pelo surgimento do campo magnético que protege nosso planeta, e toda a vida nele, dos piores efeitos da radiação solar. Mas as diferentes orientações dos cristais metálicos no núcleo interno encontrados por Song e equipe indicam que “algo significativo” deve ter acontecido logo no início de sua formação para isso ocorrer. Além disso, lembra ele, análises de rochas antigas da superfície da Terra apontam que seu campo magnético também mudou de orientação há cerca de 500 milhões de anos.

“Pode ser que este estranho alinhamento que os pesquisadores encontraram no núcleo interno explique estas estranhas assinaturas paleomagnéticas das rochas antigas que estavam presentes no equador meio bilhão de anos atrás, e algumas pessoas correlacionaram isso com a abrupta aceleração da velocidade de evolução de novas formas de vida chamada ‘Explosão Cambriana’”, escreveu Redfern em comentário sobre o estudo de Song em sua coluna no site “The Conversation”.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Um Planeta Adequado à Vida

William J. Tinkle 

Ph.D. e Professor Emérito de Biologia no Anderson College, Indiana, U.S.A. Reside atualmente em Eaton, Indiana, U.S.A.

As propriedades físicas e químicas da água e da atmosfera mostram uma "adequação" do ambiente para a vida, como já ressaltado de maneira interessante por William Whewell e J. Henderson. Este artigo contém uma recapitulação dessa evidência, em testemunho da criação divina do ambiente físico e químico adequado à vida.

Suponhamos que se esteja passeando num campo, entre árvores e arbustos, e que alguém invisível atire uma pedra numa das árvores.

Se isso acontecer somente uma vez, pensar-se-á que a pedra foi atirada a esmo. Porém se a mesma árvore for acertada nove vezes em dez, ter-se-á certeza de que o alvo é mesmo aquela árvore. A pedra estará sendo atirada com um propósito. [Continue lendo clicando aqui]