sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Asteroide passará de raspão pela Terra

Um asteroide com um diâmetro aproximado de 45 metros irá nesta sexta-feira passar a cerca de 28 mil km da Terra - a menor distância já registrada no monitoramento de corpos celestes com esse tamanho.

Identificado como 2012 DA14, o asteroide passará mais perto da Terra do que satélites que orbitam o planeta, mas não há risco de colisão. O ponto mais próximo da superfície terrestre de sua trajetória será registrado às 19h25 GMT (17h25 no horário de Brasília).

A passagem do asteroide foi precedida por uma chuva de meteoritos na Rússia, causada pela entrada de um meteoro na atmosfera terrestre. No entanto, cientistas acreditam que os dois eventos não têm relação.

Alan Fitzsimmons, perquisador da Universidade Queens em Belfast, na Irlanda do Norte, disse à BBC News que a ocorrência de ambos no mesmo dia é somente "uma coincidência cósmica".

Oportunidade única

O asteroide orbita o Sol em 368 dias - um período semelhante ao do ano terrestre - mas não o faz no mesmo plano que a Terra.

Quando ele passar perto da Terra, a 7,8 km/s, virá desde o hemisfério sul da Terra e seguirá em direção noroeste.

O corpo celeste passará diretamente sobre o Oceano Índico. A Europa Oriental, a Ásia e a Austrália serão os locais de melhor visibilidade.

Mas observadores podem assistir à passagem do asteróide ao vivo pela internet, em transmissões como a do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (Assista aqui).

O 2012 DA14 foi visto pela primeira vez em fevereiro de 2010 por astrônomos do Observatório Astronômico de La Sagra na Espanha - cuja principal atividade é a descoberta e localização de pequenos corpos celestes (asteroides e cometas).

Eles avistaram o asteroide após sua passagem anterior, a uma distância muito maior.

Por meio de suas observações, eles conseguiram calcular as trajetórias passadas e futuras do asteroide e prever a passagem desta sexta-feira, que será a mais próxima da Terra por pelo menos 30 anos.

O professor Fitzsimmons disse que é uma oportunidade científica única. "Quando os asteroides passam assim tão perto, é muito importante tentar aprender sobre eles", diz.

"Conseguimos mais conhecimento sobre esses pequenos objetos, que tem mais probabilidade de impacto com a Terra."
Fonte: BBC Brasil

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