Cientistas dizem ter identificado fragmentos de um antigo microcontinente abaixo das profundezas do Oceano Índico, nos arredores das Ilhas Maurício e Reunião, afirma um estudo publicado neste domingo (24), no site da prestigiada revista Nature Geoscience. As ilhas são conhecidas pelas belas praias e por serem destinos turísticos. Entre os participantes da pesquisa estão cientistas da Universidade de Oslo, na Noruega; da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul; da Universidade de Liverpool, na Grã-Bretanha; entre outras instituições. A pesquisa sugere que o microcontinente, chamado pelos pesquisadores de Mauritia, rachou e se dispersou conforme o Oceano Índico se abriu e cresceu, entre 83,5 milhões e 61 milhões de anos atrás [segundo a majorada cronologia evolucionista]. Os fragmentos estariam sob grandes quantidades de magma abaixo do fundo do mar, próximo às ilhas. O microcontinente, que data do período pré-cambriano, se separou da Ilha de Madagascar, na África, diz o estudo.
Para os pesquisadores, rachaduras em continentes e dispersão de fragmentos estão muitas vezes associadas a “bolhas” gigantescas de rocha fervente que sobem pelo manto de magma abaixo da crosta terrestre, o mesmo de onde surge a lava dos vulcões.
O processo fragiliza as placas tectônicas por baixo, e faz com que elas rachem nos pontos frágeis. Esta é uma das causas da separação e deriva de continentes, sugere a pesquisa. O processo teria ocorrido na região e o microcontinente teria afundado sob o oceano, ficando soterrado sob depósitos de magma, com o passar do tempo.
Os cientistas afirmam que “bolhas” semelhantes causaram, por exemplo, a separação do antigo supercontinente de Gondwana em sua região oriental, há cerca de 170 milhões de anos [idem]. Gondwana incluía a maior parte de áreas de terra firme no Hemisfério Sul - como África, Antártica, América do Sul e Índia, dizem os pesquisadores.
Para chegar ao resultado, o pesquisador Trond Torsvik e seus colegas examinaram a composição da areia do litoral da Ilha Maurício. A areia foi formada pela erosão de rochas vulcânicas, que surgiram há nove milhões de anos [idem]. No entanto, junto dela, os cientistas encontraram minerais de zircônio que datam de 660 milhões a 1,97 bilhão de anos [idem].
A existência desses minerais, além de novos cálculos da proporção das placas tectônicas na região, explicam onde e como os fragmentos acabaram abaixo do fundo do oceano, afirmam os pesquisadores.
Fonte: G1 Notícas
Notas do blog Criacionismo:
Nota 1: Que catástrofe teria sido capaz de submergir continentes, rachar a crosta terrestre (iniciando os movimentos tectônicos) e fazer extravasar tremenda quantidade de material vulcânico?[MB]
Nota 2: As imensas áreas oceânicas (Atlântico, Índico, etc.) passaram a existir a partir da fragmentação e separação do mega-continente pangea. Mas, será que as “bolhas” ascendentes de magma seriam a causa da fragmentação do pangea? Muitos cientistas consideram milhares de impactos meteoríticos como o principal agente transformador do pangea e das principais modificações (catastróficas) estudadas pela tectônica de placas (PRICE, N. J., Major Impacts and Plate Tectonics – A Model for the Phanerozoic evolution of the Earth’s lithosphere, Ed. Routledge [London/New York], 346p. 2005). Quais seriam as implicações dessa “nova” interpretação? Creio que você já tem alguma ideia...