A Polícia Militar não pode entrar, sem autorização prévia, nas dependências da Universidade Estadual de Maringá (UEM), o que garante ao câmpus uma condição única na geografia urbana.
Enquanto os arredores vivem sob a Lei Seca - que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos próximos a instituições de ensino superior e no período do vestibular -, a única garantia de que os universitários não estejam usando álcool dentro da universidade é a vigilância civil que faz a guarda patrimonial da UEM.
Os mais audaciosos podem até mesmo achar que o local é seguro para o uso de drogas.
A própria equipe de vigilância interna aponta que abusos são cometidos no interior da instituição.
Um relatório da Divisão de Vigilância Patrimonial, ligada à Diretoria de Serviços e Manutenção (DSM), mostra que em uma festa promovida pelo curso de Geografia no dia 10 de junho deste ano no câmpus houve uso de álcool e drogas pelos acadêmicos e convidados.
O relatório aponta ainda que os jovens chegaram a praticar sexo nas dependências da universidade. Pelo menos mil pessoas participaram do evento.
O diretor da DSM, Ozório Kunio Matsuda, afirma que recebeu o relatório descritivo da festa do dia 10 de junho e tomou as providências que cabiam ao departamento de vigilância.
"Quando acontece um caso como esse mandamos uma cópia do relatório para o departamento responsável. Como vigilantes não temos autonomia para representar contra alunos", relata Matsuda.
Ele afirma que, neste caso, a providência deve ser tomada pelo centro e o departamento específico do curso. [...]
Nota: Fico triste e envergonhado vendo colegas de curso envolvidos em escândalos como este, relatado pela vigilância da UEM. Como pode pessoas tão bem esclarecidas e inteligentes como os acadêmicos, que serão futuros professores e outros profissionais, se utilizando de drogas e outras práticas irracionais e nocivas à saúde para dar mais "prazer" à festa? Quem perde com isso é a imagem dos acadêmicos de Geografia e da própria comunidade universitária como um todo perante a sociedade, onde eu me sinto projudicado com isso, pois também curso Geografia na UEM.
Creio que muitos não sabem festar, confundindo a liberdade que têm dentro do câmpus com libertinagem. A comunidade universitária deveria ser exemplo para toda a sociedade, mas o que vejo na UEM e pelo que fico sabendo de outras universidades é que há festas tipo "cervejadas", saraus (como desculpa para driblar a administração e promover festas fora dos limites, como no caso do sarau da Geografia relatado acima) e outras. Por incrível que pareça, acontecem até mesmo festas regadas a muito álcool, drogas (se bem que o álcool também é um tipo de droga) e sexo promovidas por acadêmicos de cursos da área da saúde, tais como Medicina, Enfermagem e Farmácia. Já parou para pensar que se for tirada a bebida, as pessoas hoje já não conseguem mais festar? Se reunem em função do álcool e não para estabelecer amizades sinceras. Isso sem falar nas DSTs que correm o risco de contrair e gravidez indesejada.
A desculpa de que as pessoas bebem "socialmente" não cola, pois estudos mostram que poucas doses de cerveja ou outra bebida já embriagam, fazendo com que as pessoas ajam sem o uso da razão, muitas vezes, podendo causar acidentes de trânsito, etc. Lembrando que todo alcoólatra ou viciado em alguma outra droga começa bebendo "apenas" uma, duas doses antes de se viciar.
Tenho dúvidas se alguns colegas de curso vão conseguir "pegar o canudo", pois seus neurônios estão sucumbindo por causa da maconha, álcool e outras drogas mais pesadas ainda, sei lá. Não me refiro diretamente a colegas de classe, mas do curso em geral. Não raro, vejo alguém fumando maconha dentro do câmpus... estão protegidos por causa da lei frouxa, que impede até mesmo a polícia de agir.
Claro que esse modo de se "divertir" (ou melhor, de se destruir) é reflexo da cultura pós-moderna que temos hoje, onde se tornou proibido proibir... Já tem até lei - que está quase aprovada - para impedir os pais de corrigirem seus filhos menores, alegando que é violência... Ora, violência é um desses filhos matarem um no trânsito ou em brigas de bares porque não receberam boa educação e correção na infância. Quando se chega a esse ponto, se descobre que este mundo está em crise, pois os bons princípios que regeram a sociedade - muitos deles de origem bíblica - estão sendo trocados por outros que ainda não se sabe onde vai dar. Ou melhor, sabemos sim: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte.” (Provérbios 14:12).
Meus caros colegas de curso, da próxima vez, vamos ser manchete nos jornais pelas contribuições que damos à sociedade, por meio da construção de conhecimentos e outras boas atividades sociais. A UEM não merece ser desprestigiada por causa de algumas pessoas irresponsáveis. Vamos fazer festa sim, mas que promova a saúde e a verdadeira amizade. O dia em que vocês souberem festar eu irei participar. Não sou ninguém para ser um modelo, mas ano passado tive meu projeto de ensino noticiado no O Diário. [ALM]
Um comentário:
Amigo, só te digo uma coisa: Não veja a hora de eu passar de novo no vestibular ou pra algum concurso; pra eu poder largar esse MALDITO curso no qual eu me enfiei. Desde que você entra no curso de geografia, VOCÊ NÃO OUVE SEQUER UMA PALAVRA DE INCENTIVO! Aí eu pergunto: como é que um curso que luta contra o desprestígio e a indiferença pretende ganhar destaque se, quando o calouro entra para o curso, já é desmotivado desde o primeiro dia de aula? Inclusive pelos prórpios professores? Não estou me referindo à trotes, mas sim à PALAVRAS DE INCENTIVO E MOTIVAÇÃO, pois tudo o que vc ouve é: "Você vai ser mais um fracassado", "Sua vida não terá sucesso profissional", essas são as palavras de um professor meu no primeiro período.
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