Em 2013, as primeiras piscinas já eram visíveis no início de junho, segundo o pesquisador Mahsa Moussavi, estudante na Universidade de Colorado, que está monitorando as lagoas.
O degelo se acumula como piscinas nas depressões no gelo, e a extensão e profundidade destas lagoas e a taxa em que eles crescem e encolhem mostram a rapidez com que o gelo está derretendo.
Apesar do início tardio, o derretimento até agora observado neste ano foi rápido se comparado com a média do mesmo período entre 1981 e 2010. "O pico do derretimento de verão ainda não aconteceu", diz Moussavi, por isso é difícil dizer como o degelo vai se desenvolver em 2013.
Degelo recorde em 2012
Em setembro de 2012, o retrocesso do gelo no Ártico bateu recorde negativo histórico devido às altas temperaturas do verão no Hemisfério Norte. As informações são do Centro Nacional da Neve e do Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês).
Segundo o NSIDC, em 16 de setembro o território congelado do Ártico era de 3,41 milhões de km², número que é muito menor ao último recorde negativo registrado em 2007, quando restaram apenas 4,17 milhões km² (houve perda de 760 mil km² a mais que naquele ano).
Além disso, o NSIDC afirma que o índice pode ser o menor de 2012. O instituto é ligado à agência espacial americana, a Nasa.
No geral, houve uma perda de 11,8 milhões de km² desde 20 de março deste ano – considerada pelos cientistas a maior perda de gelo durante um verão detectada por satélites.
É como se em pouco mais de um semestre, o Ártico perdesse uma área maior que o Brasil ou sete vezes maior que o estado do Amazonas. Ainda de acordo com o NSIDC, a área de gelo mínima detectada neste ano é 49% menor que a média detectada entre os anos de 1979 e 2000. Entretanto, o Centro Nacional afirma que o Ártico deve recuperar a área congelada com a chegada do outuno e durante o inverno.
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