A estrela-mãe desse planeta é uma anã vermelha com cerca de metade do diâmetro do nosso Sol, localizada a cerca de 490 anos-luz daqui. Um dos aspectos interessantes dessa descoberta em particular é que, além de estar na chamada zona habitável – região do sistema em que o planeta recebe a quantidade certa de radiação de sua estrela para manter uma temperatura adequada à existência de água líquida na superfície –, o planeta está suficientemente distante dela para não sofrer uma trava gravitacional. Caso fosse esse o caso, o Kepler-186f, como foi batizado, teria sempre a mesma face voltada para a estrela, como acontece, por exemplo, com a Lua, que sempre mostra o mesmo lado para a Terra. Embora modelos mostrem que a trava gravitacional não é um impeditivo definitivo para ambientes habitáveis (a atmosfera trataria de distribuir o calor), é sempre melhor ter um planeta com dias e noites, em vez de um em que um hemisfério é sempre aquecido pelo Sol e outro passa o tempo todo na fria escuridão.
Numa nota pessoal, lembro-me de ter já conversado antes com Elisa Quintana, pesquisadora da Nasa que é a primeira autora da descoberta. Em 2002, ela produziu uma série de simulações que mostravam que o sistema Alfa Centauri – o trio de estrelas mais próximos de nós, sem contar o Sol – podia abrigar planetas de tipo terrestre na zona habitável. Imagino a realização pessoal dela de, depois de “conceber” por tantos anos mundos como esse em computador, finalmente poder reportar uma descoberta dessa magnitude. Não de uma simulação, mas da fria realidade da observação!
Trata-se de um momento histórico. A partir de agora, os astrônomos devem se concentrar cada vez mais na busca de outros mundos similares à Terra e a Kepler-186f, gerando alvos para futuras observações de caraterização – a efetiva análise da composição desses mundos e suas atmosferas –, em busca, quem sabe, de evidências de uma outra biosfera. Nosso planeta está prestes a ganhar muitas companhias.
Fonte: Folha de São Paulo
Nota do blog Criacionismo: Não basta estar na “zona habitável” e não ter trava gravitacional para que um planeta reúna as condições necessárias para manter a vida. Na Terra, são milhares de condições finamente ajustadas que possibilitam a existência da vida. O que os evolucionistas fazem é partir do pressuposto (complicadíssimo de ser evidenciado) de que a vida surgiu aqui em nosso planeta e que, portanto, poderia surgir também em planetas relativamente parecidos com o nosso. É uma fé dupla: em pressupostos questionáveis (e extrapolados para além do nosso mundo) e no hipotético encontro com seres extraterrenos. [MB]
Nota deste blog: Até que ponto chegam os defensores do evolucionismo... Não conseguem nem explicar o surgimento da vida na Terra por fatores puramente naturais e ainda querem nos fazer acreditar que poderia haver o surgimento de vida espontânea em outro planeta, levando-se em consideração apenas o acaso. É muita fé no irracional. A probabilidade de haver um planeta com as mesmas condições que a Terra tem para abrigar a vida, frágil como ela é, é extremamente pequena, pra não dizer totalmente nula. Aí alguém, ao ler isso, vai e pergunta: e se nessa baixíssima probabilidade pudesse ter acontecido outro milagre do acaso e outro planeta habitável pudesse existir com vida e tudo lá, tudo por acaso? Bom, respondo então que seja feliz com sua crença, mas eu não tenho tanta fé assim no acaso. Para haver vida aqui na Terra, um conjunto incontável de fatores muito bem regulados e planejados tiveram que ser colocado, tudo ao mesmo tempo, funcionando como se fosse um relógio suíço, muito preciso. Alguns poucos exemplos da lista incontável e indispensável: A distância da estrela ao planeta deveria ser ideal; a velocidade de translação e rotação deveriam ser adequadas; a massa do planeta, bem como sua composição, pressão e temperatura atmosféricas deveriam ser finamente ajustadas; sua composição rochosa deveria dar condições minerais para a vida; o campo magnético e camadas da atmosfera deveriam estar funcionando muito bem para poder proteger o planeta de meteoros; o satélite natural desse planeta deveria estar em uma órbita perfeita para regular as marés e criar o movimento de precessão do planeta, tão importante para a manutenção da vida; dentre muitos outros fatores indispensáveis. Uma coisa que quero deixar claro é que acredito sim na existência de outros planetas habitáveis no Universo, mas são obras de uma criação totalmente bem elaborada pelo Criador do Universo. Fé por fé (fé no acaso ou fé num plano inteligente), fico com a mais racional, pois as evidências de design inteligente me fazem raciocinar que há um Projetista para tamanha perfeição do Universo, com destaque para o nosso planeta, que é um verdadeiro milagre no Universo, um Deus criador que se revela por meio da Bíblia. [Prof. André Luiz Marques]
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