quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Tempo, um problema para os modelos da história da Terra

Resumo

Visões de mundo diferentes resultam em conceitos diferentes acerca das origens e tempo na história da Terra. A ciência moderna adotou uma visão de mundo estritamente naturalística desde o Século XIX. Modelos de origens resultantes desta visão de mundo atribuem uma idade de cerca de 4,5 Ga para a Terra e cerca de 600 Ma para a existência de vida abundante na Terra. Em contraste a visão de mundo teísta cristã baseada na Bíblia atribui cerca de 6 a 8 ka para a vida na Terra e cerca de um ano para a deposição da maior parte das rochas Fanerozóicas. Os princípios e métodos da geocronologia são esboçadas brevemente. Uma observação nos valores de tempo atribuídos aos limites entre períodos geológicos mostra que eles não têm variado ao longo do Século XX apesar dos progressos observados nos métodos de datação. Uma pesquisa em publicações sobre geocronologia desde 1995 mostra que a maioria deles são estudos em estratigrafia e as datações são feitas principalmente pelos métodos do 40Ar/39Ar, U/Pb, 14C e diversos métodos que utilizam os danos de radiação sobre os materiais. É feita uma breve descrição dos principais métodos e alguns de seus problemas são indicados.

Introdução

Conhecer e descrever a origem de tudo é uma preocupação demonstrada pelo ser humano em qualquer civilização. Em sociedades mais estruturadas, algumas pessoas se dedicam à produção, preservação e divulgação do conhecimento, e assim têm uma preocupação especial com este assunto. Nos dias de hoje estas pessoas são conhecidas principalmente como cientistas e em menor número filósofos e teólogos. Na civilização grega eram os filósofos, em outras os magos, sacerdotes escribas e profetas. Mesmo atualmente, nas sociedades que costumamos classificar como "primitivas", encontramos os pajés ou feiticeiros que se dedicam à criação e preservação das tradições e costumes religiosos de suas tribos, que normalmente incluem uma história sobre origens.

Dentro deste contexto da busca pela origem, surge a preocupação com o tempo. Quando ocorreram estes eventos?

Estudos baseados no texto bíblico sugerem objetivamente que a Terra foi organizada e recebeu os seres vivos a poucos milhares de anos. O código de Manu, originário da Índia, propõe um universo cíclico com um dia de Brahman de cerca de 4,38 bilhões de anos e uma noite de igual duração (Martins 1994). Os conhecimentos científicos desenvolvidos nos últimos 70 a 80 anos propõe um universo iniciado a cerca de 15 bilhões de anos (Silk 1989), um planeta Terra existente a cerca de 4,56 bilhões de anos e vida abundante na Terra a cerca de 570 milhões de anos (Harland et al. 1990).

Dadas as diferenças nestes valores, vem a pergunta: estes dados sobre o tempo são importantes para a vida das pessoas? qual destes resultados merece mais confiança? E finalmente: estas perguntas são relevantes?

Estas questões nos levam a considerações sobre nossa "visão de mundo". [...]


[Leia o artigo completo clicando aqui]

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Rochas da Groenlândia podem recontar origem da Terra

Um depósito rochoso que permaneceu intacto durante quase toda a história da Terra pode explicar como o planeta foi formado. As rochas estudadas foram trazidas à superfície durante erupções vulcânicas na Ilha de Baffin, território canadense, e na Groenlândia, apenas 62 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista], mas cientistas acreditam [tem que se crer, pois não dá para provar] que elas estão intactas desde a formação do manto rochoso da Terra, há 4,5 bilhões de anos [idem]. A descoberta surpreendeu os cientistas, uma vez que as rochas se desgastam lentamente por processos físicos, como a erosão, e químicos. "Nós já havíamos perdido a esperança de encontrar alguma coisa que tenha sobrevivido por tanto tempo", afirmou Matt Jackson, da Universidade de Boston, líder da pesquisa publicada nesta semana na revista científica Nature. Jackson e seus colegas constataram que a pedra estudada apresenta quantidades de isótopos de hélio, háfnio e chumbo em proporções que só seriam encontradas [supostamente] em tais rochas antigas.

Rasmus Andreasen, do Imperial College de Londres, no entanto, é cauteloso sobre a idade das rochas, uma vez que as forças radioativas no interior da Terra poderiam alterar os resultados. "A evidência dos isótopos de hélio é intrigante, mas não é conclusiva", disse.

Se as datas estiverem corretas, porém, significa que essas rochas foram intocadas por quase toda a história da Terra. Elas podem conter pistas químicas sobre a origem do planeta e mudar algumas teorias.

Acredita-se, por exemplo, que a Terra foi criada a partir de materias encontrados em meteoros denominados condritos. Mas as antigas rochas de Baffin são diferentes: elas contêm menos de certos elementos químicos que os condritos, o que coloca a teoria em dúvida.

Fonte: Galileu

Nota do blog Criacionismo.com.br: Além do detalhe mais comumente encontrado em biologia e paleontologia, por exemplo - ou seja, das evidências que acabam mudando histórias/teorias tão "seguras" e "incontestáveis" -, é interessante, também, notar a admissão de que "forças radioativas no interior da Terra poderiam alterar os resultados" que levam à datação das rochas. Se radiação pode fazer isso com amostras no interior do planeta, na superfície não pode? O que dizer das experiências atômicas e seu poder de alteração dos relógios radioativos? E outros fatores capazes também de alterar as taxas de decomposição radioativa nas amostras? Criacionistas têm dito que os métodos de datação são lógicos, mas que não podem ser confiáveis justamente por causa de fatores que alteram a decomposição da amostra e pelo desconhecimento das proporções iniciais dos elementos "pai" (radioativo) e "filho".[MB]

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Vote consciente nestas eleições de 2010!

Decidir conscientemente quem comandará o Brasil nos próximos quatro anos é uma questão de cidadania, amor à Pátria e estratégia pessoal. Por isso, lembro você de que seu voto é muito importante para que um futuro melhor seja realidade, onde direitos iguais a todos sejam alcançados tanto no acesso à saúde como ao trabalho digno, educação de qualidade, liberdade de expressão (incluindo a liberdade religiosa e cosmovisão científica), informação, tecnologias etc. Você tem nove opções de candidatos à Presidência da República para votar este ano (e não 3 ou 4 como a maior parte da mídia parece esquecer), que são eles: Dilma Rousseff (PT), Ivan Pinheiro (PCB), José Maria Eymael (PSDC), José Serra (PSDB), Levy Fidélix (PRTB), Marina Silva (PV), Plínio Sampaio (Psol), Rui Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU). E a igualdade neste país poderia começar em dando-se o mesmo tempo e valor para todos os presidenciáveis, penso eu. Assim fica mais fácil o eleitor decidir em quem depositar sua confiança.

Busque informações sobre todos os candidatos, suas propostas de governo, suas histórias de vida, suas competências demonstradas etc. Comece sua pesquisa sobre o processo eleitoral explorando o site do TSE. Só assim amadurecerá em sua mente a decisão mais coerente. É certo que todos os candidatos têm defeitos e qualidades, pois são humanos como nós, mas a diferença está nos detalhes, e os detalhes só são percebidos por um eleitor atento. Nunca venda seu voto ou vote em branco ou anule seu voto, porque são atitudes de pessoas que não têm consciência do poder do voto.

Infelizmente percebo, com um olhar um pouco mais crítico formado na universidade, que o brasileiro vota muito mal via de regra, se submentendo ao jogo político de quem detém o poder (sem saber, muitas vezes), se tornando refém do círculo vicioso dominador-dominado.

Para saber o nível de cidadania/interesse pela política do brasileiro é só fazer uma rápida pesquisa sobre quantas pessoas assistiram ao primeiro debate dos candidatos à presidência, promovido pela BAND semana passada, e quantos assistiram ao jogo amistoso da Seleção do Brasil contra os Estados Unidos ontem (10). Não estou dizendo que não se deva torcer pela Seleção, mas que não se vive só de pão e circo.

O cristão que se preze deve obedecer aos seus governantes, conforme diz em Tito 3:1, desde que isso não implique em desobedecer a Deus e à Sua Lei. Por isso a importância de escolher em quem votar. Seja honesto consigo mesmo e com todos em tudo o que fazer, inclusive na hora de votar. Lembrando que "ninguém pode se vangloriar de ser honesto. A honestidade é um traço que deve haver em todo indivíduo." (Marina Silva).

Ainda estou decidindo em quem votar para Presidente do Brasil, estando entre Marina Silva e Plínio Sampaio. Acho que têm propostas mais interessantes. Esta é a minha opinião pessoal.

André Luiz Marques

Dilúvio Universal - Prof. Dr. Walter Veith



Acompanhe a sequência do estudo selecionando as outras partes no menu que aparece no final de cada apresentação.

Teoria desprezada sobre órbitas geoestacionárias é comprovada

Em 1984, o norte-americano Robert L. Forward propôs a utilização de uma nova família de órbitas ao redor da Terra, o que, segundo ele, poderia melhorar substancialmente as comunicações via satélite.

Os especialistas da área mais simpáticos o ignoraram, enquanto os demais desprezaram e criticaram duramente a proposta, catalogando-a de impossível.

Mas uma dupla de engenheiros da Universidade de Strathclyde, na Grã-Bretanha, afirma ter conseguido demonstrar que o físico estava certo e que há literalmente mais espaço para o lançamento de satélites de comunicação.

Órbitas deslocadas

O Dr. Forward afirmou que é possível usar "órbitas deslocadas" para manter um número maior de satélites artificiais ao norte ou ao sul do Equador, ajudando a atender a crescente demanda por comunicações.

Ele propôs que a órbita de um satélite geoestacionário pode ser empurrada acima ou abaixo do anel geoestacionário em torno da Terra, que segue a linha do Equador, usando uma vela solar, impulsionada pela pressão da luz solar.

O funcionamento das velas solares foi demonstrado recentemente pela sonda espacial japonesa Ikaros, embora o mecanismo tenha sido alvo de grandes controvérsias por décadas - veja Espaçonave impulsionada pela luz solar.

Mas os críticos do Dr. Forward também afirmavam que as órbitas deslocadas eram impossíveis devido à dinâmica incomum do problema.

Famílias de órbitas

Agora, Shahid Baig e Colin McInnes demonstraram que Forward estava correto.

"Os satélites geralmente seguem órbitas keplerianas. Assim que é lançado, um satélite sem propulsão vai 'deslizar' ao longo de uma órbita kepleriana natural," diz o professor McInnes.

"No entanto, nós vislumbramos famílias de órbitas fechadas, não-keplerianas, que não obedecem as leis usuais do movimento orbital. Famílias dessas órbitas circundam a Terra a cada 24 horas, mas elas são deslocadas para o norte ou para o sul do Equador da Terra. A pressão da luz do Sol refletindo sobre uma vela solar pode empurrar o satélite acima ou abaixo da órbita geoestacionária, ao mesmo tempo deslocando o centro da órbita ligeiramente para trás da Terra, para longe do Sol."

Órbitas polares

O deslocamento do Equador é pequeno, variando entre 10 e 50 quilômetros. Mas isso pode ser ampliado com o uso de velas solares híbridas, que utilizem tanto a pressão da luz quanto um sistema convencional de propulsão elétrica.

"Outra possibilidade são as 'órbitas estacionárias polares', chamadas de 'pole-sitters' por Forward, que utilizam um pequeno empuxo contínuo para manter uma nave no eixo polar da Terra, acima do Ártico ou da Antártida," diz McInnes.

Embora essas órbitas polares não sejam úteis para telecomunicações, elas poderiam ser usadas para fornecer novos pontos para visualizar as regiões polares da Terra, sobretudo para o monitoramento do clima.

Bibliografia:

Light-Levitated Geostationary Cylindrical Orbits Are Feasible
Shahid Baig, Colin McInnes
Journal of Guidance, Control and Dynamics
Vol.: 0731-5090 vol.33 no.3 (782-793)
DOI: 10.2514/1.46681

Fonte: Inovação Tecnológica

Nota: Valendo-se do desapego ao paradigma, é preciso os cientistas evolucionistas também reconhecerem que houve o dilúvio descrito na Bíblia, pois as evidências são inegáveis, tomando, como exemplo, a configuração plano-paralela das "camadas" geológicas (que indicam pouco ou nenhum sinal de erosão entre elas - o que deveria ter, se milhões de anos de exposição ao intemperismo fossem fato), as imensas jazidas de carvão e petróleo e o encaixe entre os continentes (que hoje os satélites podem detectar muito bem, até mesmo quanto às plataformas continentais sob o oceano) - indicando a deriva continental durante e pós-dilúvio (vide teoria das hidroplacas). Muitas pesquisas recentes estão fazendo os cientistas moderem a língua quanto ao que desacreditavam e estes são dois casos. [ALM]

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O mito da Terra plana

O livro Inventando a Terra Plana (São Paulo: Editora Unisa, 1999), de Jefrey Burton Russel, historiador e pesquisador da Universidade da Califórnia, mostra convincentemente que a ideia da Terra plana foi uma elaboração mais ou menos recente. Embora hoje se saiba que os europeus renascentistas tenham supervalorizado a ideia de que houve um período de mil anos de trevas intelectuais entre o mundo clássico e o moderno, Russel acredita que o erro da Terra plana não havia sido incorporado à ortodoxia moderna antes do século 19. “[Russel] descobriu o fio da meada nos escritos do americano Washington Irving e do francês Antoine-Jean Letronne [responsáveis pela posterior propagação do mito da Terra plana]. Mas sua disseminação no pensamento convencional ocorreu entre 1870 e 1920, como consequência da ‘guerra entre a ciência e a religião”, quando para muitos intelectuais na Europa e nos Estados Unidos toda religião tornou-se sinônimo de superstição e a ciência tornou-se a única fonte legítima da verdade. Foi durante os últimos anos do século 19 e os primeiros anos do século 20 que a viagem de Colombo tornou-se então um símbolo amplamente divulgado da futilidade da imaginação religiosa e do poder libertador do empirismo científico. … os pensadores medievais, da mesma forma que os clássicos que os antecederam, criam na redondeza da Terra” (p. 10).

Irving (1783-1859) retocou a história para parecer que a oposição à viagem de Colombo se deveu ao pensamento de que a Terra fosse plana . Isso foi provado falso. A oposição se deveu, na verdade, à preocupação com a distância que os navegadores teriam que percorrer. A esfericidade da Terra não foi tema de discussão naquela ocasião.

O fato é que nem Cristóvão Colombo, nem seus contemporâneos pensavam que a Terra fosse plana. Não há uma referência sequer nos diários do navegador (e de outros exploradores) que levante a questão da redondeza da Terra, o que indica que não havia contestação alguma a esse respeito, na época. Assim, segundo Russel, é comum a regra de Edward Grant de que no século 15 não havia pessoas cultas que negassem a redondeza da Terra. No entanto, esse mito permanece até hoje, firmemente estabelecido com a ajuda dos meios de comunicação e dos livros didáticos. Com que interesse?

Para Russel, o mito da Terra plana pode ser rastreado até o século 19, especialmente a partir de 1870, à medida que autores de livros-textos se envolveram na controvérsia em torno do darwinismo. “No início do século [20] a força dominante subjacente ao erro [da Terra plana] foi o anticlericalismo do Iluminismo no seio da classe média na Europa, e o anticatolicismo nos Estados Unidos” (p. 35).

Antes disso, na Divina Comédia, o poeta Dante Alighieri (1265-1321) já apresentava o conceito de uma Terra redonda. Os filósofos escolásticos, incluindo o maior deles, Tomás de Aquino (1225-1275), conhecedores de Aristóteles, igualmente afirmavam a esfericidade da Terra.

No entanto, como os escolásticos e filósofos medievais se baseavam em Aristóteles e este defendia a esfericidade da Terra, os iluministas tiveram que arranjar outros referenciais para dizer que o mito se baseava neles. E os encontraram em Lactâncio (245-325 d.C.) e Cosme Indicopleustes, autor de Topografia Cristã (escrito entre 547 e 549 d.C.). Só que, segundo Russel, Lactâncio tinha ideias muito estranhas sobre Deus e não foi levado em consideração na Idade Média (na verdade, foi considerado herege) – até que os humanistas da Renascença o “ressuscitassem”, apregoando sua suposta influência. Indicopleustes, partindo de escritos de filósofos pagãos e interpretando erroneamente textos bíblicos poéticos, defendeu a ideia da Terra plana. Era ignorado, ao invés de seguido.

Detalhe: a primeira tradução de Cosme para o latim não foi feita senão em 1706. Portanto, como poderia ele ter tido influência sobre o pensamento ocidental medieval?

Russel arremata:

“[Lactâncio e Cosme] foram símbolos convenientes a serem uados como armas contra os antidarwinistas. Em torno de 1870, o relacionamento entre a ciência e a teologia estava começando a ser descrito através de metáforas bélicas. Os filósofos (propagandistas do Iluminismo), particularmente [David] Hume, haviam plantado uma semente ao implicar que estavam em conflito os pontos de vista científicos e cristãos. Augusto Comte (1798-1857) havia argumentado que a humanidade estava laboriosamente lutando para ascender em direção ao reinado da ciência; seus seguidores lançaram o corolário de que era retrógrado tudo o que impedisse o advento do reino da ciência. Seu sistema de valores percebia o movimento em direção à ciência como ‘bom’, de tal forma que o que atrapalhasse esse movimento era ‘mau’. (…) O erro [da Terra plana] foi, desta forma, incluído no contexto de uma controvérsia muito maior – a alegada guerra entre ciência e religião” (p. 67, 77).

O próprio Copérnico, no prefácio de seu clássico trabalho De Revolutionibus, usou Lactâncio para ilustrar como a ignorância dos opositores à ideia da Terra esférica era comparável à dos que insistiam no geocentrismo. Curiosamente, Copérnico não diz que Lactâncio era típico do pensamento medieval. Esse prefácio foi enviado para o papa a fim de obter aprovação eclesiástica. Copérnico não atacaria Lactâncio e sua ideia da Terra plana, se a igreja estivesse de acordo com esse pensamento. O problema, como já vimos, teve que ver com o geocentrismo aristotélico versus heliocentrismo, e não com o formato da Terra.

(Michelson Borges)

Fonte: Sábado.org

Stephen Hawking: única chance do ser humano será deixar a Terra

O astrofísico Stephen Hawking afirma que, ao menos que a raça humana colonize o espaço nos próximos dois séculos, vai desaparecer para sempre. Em entrevista ao site Big Think, o cientista diz que a única chance de sobrevivência do ser humano é sair da Terra e habitar novos planetas. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail.

"Eu vejo um grande perigo para a raça humana. Houve vezes no passado em que a sobrevivência (do ser humano) foi incerta. A crise dos mísseis de Cuba em 1963 foi uma delas", disse Hawking. "É provável que a frequência dessas ocasiões aumente no futuro. Precisamos de muito cuidado e discernimento para negociar tudo isso com sucesso". Apesar do aviso, Hawking se diz otimista com a possibilidade de colonizarmos novos mundos.

No início deste ano, o cientista havia dito que o ser humano deveria evitar contato com formas de vida alienígenas, já que não temos certeza se elas seriam amigáveis. Desta vez, o astrofísico afirma que o próprio modo de vida da humanidade pode fazê-la desaparecer.

"Nossa população e o uso de recursos finitos do planeta Terra estão crescendo exponencialmente, assim como nossa capacidade técnica para mudar o ambiente para o bem e para o mal", diz Hawking. "Contudo, nosso código genético carrega instintos egoístas e agressivos que foram vantagens necessárias para a sobrevivência no passado [isso se deu após o amaldiçoamento da Terra e seus moradores logo após a entrada do pecado no mundo, onde a "lei da sobrevivência" passou a prevalecer]. Será difícil evitar o desastre nos próximos 100 anos, ainda mais nos próximos mil ou 1 milhão".

Hawking já havia falado sobre a possibilidade de ser criada uma espaçonave capaz de viajar para o futuro. Ou seja, o equipamento utilizaria a viagem no tempo (apenas para o futuro) para atravessar grandes distâncias. Segundo a previsão de Hawking, a nave levaria seis anos para atingir sua capacidade máxima - 98% da velocidade da luz -, enquanto que um dia nela seria equivalente a um ano na Terra. Assim, após 80 anos, ela seria capaz de chegar aos limites de nossa galáxia.

Fonte: Redação Terra

Nota: Concordo com Hawking quando sobre a previsão de autodestruição do homem muito em breve se algo não mudar radicalmente. A história da humanidade, a partir da entrada do pecado no mundo, foi marcada por guerras - por diferentes motivos - e pela exploração, seja da natureza ou do semelhante. Especialmente, a partir da vigência do sistema capitalista de acumulação e exploração, sobretudo a partir do início da Industrialização, o processo de destruição do homem por ele mesmo vem sendo acelerado e intensificado, de forma que o consumismo só "pensa" no aqui e no agora, sem medir as consequências para o futuro da humanidade. Acrescento que se não fosse Deus impondo limites à maldade (Apocalipse 7:1), a vida na Terra já haveria sido destruída por uma guerra nuclear, por exemplo. A solução dada por Hawking seria paliativa (se fosse concretizada), pois o coração do homem continuaria mau em outro planeta e certamente só prolongaria certo tempo até que não haja mais solução humana para isso. Como um vírus se espalha pelo ambiente, contamina e destrói os seres vivos, assim é o caso do homem enquanto escravo do pecado.

Por outro lado, o meio pelo qual tenho esperança da humanidade continuar a existir é somente pela misericórdia de Deus, que preparou o Céu para aqueles que O amam e guardam os Seus mandamentos (Apocalipse 14:12). Este mundo está condenado à destruição, mais cedo ou mais tarde, e a única esperança está no plano da salvação em Jesus Cristo, que virá para buscar os Seus para reinar com Ele no Céu durante o milênio, e posteriormente irá restaurar a Terra para voltar a ser nossa morada (Isaías 66:22 - leia o v. 23 também, é interessante), mas agora sem mancha alguma de pecado e suas consequências, pois "as primeiras coisas já passaram." (Apocalipse 21:4).

Hawking, como um ateu convicto, tem esperança em seu próprio conhecimento para "salvar" a humanidade do que certamente virá. Porém, ele mesmo ajuda (involuntariamente) a pregar o fim do mundo revelado na Palavra de Deus - é o mundo pregando o fim do mundo -, e isso são sinais do fim dos tempos. Quem sabe um dia ele se dá conta de que nem ele sendo tão inteligente (se sábio, não sei) poderá ajudar a mudar a rota de autodestruição humana frente ao seu próprio egoísmo e agressividade - que ele considera um mau necessário - para com a natureza e o próximo, percebendo que a Bíblia já dá a solução adequada para isso, bastando somente aceitá-la e praticar os seus ensinos. A única chance do ser humano se salvar da extinção será deixar a Terra sim, mas para morar com o Rei do universo. Claro que acreditar em Hawking ou em Deus é uma questão de fé e cabe a cada um exercê-la como quiser. Eu fico com as promessas de Deus, que nunca falharam e não hão de falhar, "... porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia." (II Timóteo 1:12). [ALM]

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Incêndios no oeste da Rússia são fotografados por satélite da NASA

Fotografia com cores reais divulgada nesta terça-feira (3) pela Nasa mostra extensão dos incêndios no oeste da Rússia. A fumaça se estende por 1.700 quilômetros. O registro foi feito pelo satélite MODIS, da agência espacial norte-americana. (Foto: NASA / MODIS Rapid Response)

Fonte: G1

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A fome revelou um herói brasileiro

Tudo começou na faculdade, logo no primeiro semestre. Eu ouvi um amigo falando algo sobre o "Homem-Caranguejo" ou "Homem-Gabiru". Na santa inconsequência de alguém que até ali se alimentara mais do que devia de cultura pop, imaginei que se tratava de um novo herói. Afinal, eram tempos em que o Homem-Animal dominava os gibis no Brasil.

Homem-Animal é um personagem obscuro dos quadrinhos que se tornou cult nas mãos de um escritor acima da média, Grant Morrisson. Tinha o poder de copiar temporariamente as habilidades dos animais, como a velocidade de um leopardo, o voo da águia ou a força de um inseto.

Suas histórias traziam mensagens não muito populares na época, como o terrorismo ambiental e o aquecimento global. Tudo parecia papo de ficção científica ou reservado ao limbo acadêmico. As histórias do Homem-Animal ajudaram a prenunciar os atuais dilemas ecológicos. E as narrativas eram demais. Lia gibis e gostava dos desenhos, mas me ligava mesmo nas histórias. Ainda hoje lembro de escritores que me fascinavam: Jack Kirby, Roy Thomas, Stan Lee, Frank Miller.

O Homem-Caranguejo estava longe de ser o Homem-Animal, descobri depois. Nascia um novo herói para mim: o médico pernambucano Josué de Castro, um dos nomes fundamentais da vida social e política do país.

Josué de Castro era médico, sociólogo, nutricionista, antropólogo, humanista. Era também um retirante nordestino. Saiu da região, fugindo da seca, como tantos outros, para se aventurar em terras que não eram suas.

Formou-se em Medicina aos 21 anos, no Rio de Janeiro. Três anos depois apresentou a tese "O problema fisiológico da alimentação no Brasil", sinalizando a importância que o estudo da nutrição teria em sua trajetória. Ensinou em Recife e no Rio de Janeiro. A geografia humana era tema recorrente, a fome também. E publicou o espantoso Geografia da Fome, em 1946, livro que mexeu comigo como poucos.

Se você tem um mínimo sentimento humanitário, uma busca qualquer por um cristianismo que vá além da subjetividade e um desejo de conhecer melhor o seu país ou mesmo a América Latina, não tem jeito: pare tudo agora e vá ler Geografia da Fome.

Josué de Castro descobriu a fome nos manguezais. Vendo o homem ali, mergulhado na lama, catando caranguejos para sobreviver, daí o personagem que criou.

Ao estudar a fome, se tornou um indispensável agitador social e político. Com ele aprendi que a fome é multifacetada. Existe a fome individual e coletiva. A fome total e parcial. A fome específica e a fome oculta. O grande objetivo era denunciar a fome como algo presente no cotidiano das pessoas. Mostrar que era um crime, e era inaceitável.

Li depois Fome, um Tema Proibido. Outra paulada. Veja o que ele escreveu:

"Foi assim que, pelas histórias dos homens e pelo roteiro do rio, fiquei sabendo que a fome não era um produto exclusivo dos mangues. Que os mangues apenas atraíram os homens famintos do Nordeste: os da zona da seca e os da zona da cana. Todos atraídos por essa terra de promissão, vindo se aninhar naquele ninho de lama, construído pelos dois e onde brota o maravilhoso ciclo do caranguejo. E quando cresci e saí pelo mundo afora, vendo outras paisagens, me apercebi com nova surpresa que o que eu pensava ser um fenômeno local, era um drama universal. Que a paisagem humana dos mangues se reproduzia no mundo inteiro. Que aqueles personagens da lama do Recife eram idênticos aos personagens de inúmeras outras áreas do mundo assolados pela fome. Que aquela lama humana do Recife, que eu conhecera na infância, continua sujando até hoje toda a paisagem de nosso planeta como negros borrões de miséria: as negras manchas demográficas da geografia da fome."

Lembrei desse texto quando visitei, semana passada, famílias desabrigadas pela enchente no Nordeste, para uma ação de emergência. O mundo era lama apenas. As pessoas tentavam recolher da lama objetos pessoais, eletrodomésticos, comida, documentos, memória. Impossível não lembrar do Homem-Caranguejo.

Impossível também esquecer que, mesmo com o oba-oba oficial, a fome está mais perto da gente do que se imagina. Com exceção do Brasil, a América Latina e Caribe têm mais pobres e miseráveis hoje do que na década de 80, segundo a FAO. Mesmo o Brasil da Era Lula tem o desafio de tirar da indigência 35,5% da população, segundo o IBGE. É gente demais. E é algo que tem a ver, sim, comigo e com você.

(Heron Santana)

Fonte: Outra Leitura

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